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Deus criou Adão, Eva e os anões.

Palavras. Se fosses do tamanho da doçura que nela proferias, não te chegaria a ver os joelhos sequer. Não poderia ter-te olhado tantas vezes nos olhos e sentido todo aquele aquecer do coração. Não podia sentar-me ao teu colo, para ser mais fácil beijar-te, teria antes de me agarrar ao teu nariz, e balançar de cabeça para baixo, para que toda eu chegasse aos teus lábios. Não podia ter-me acomodado no veneno que era a doçura do teu abraço, nem uma só vez. Não te poderias ter escondido de mim, como tantas vezes fizeste. Serias alto demais para o esconde-esconde.
Mas tudo fiz e tudo pudeste, porque andas por aí à solta sobre disfarce, pois Deus criou apenas Adão, Eva e os anões *

Folheto Informativo.

Desesperadamente necessitada de sentimento puro e intenso. Louca por excesso de solidão.
É assim que estou.

1. O que é o AMOR e para que é utilizado
O AMOR é um sentimento extremamente forte que surge nas cavidades do coração e percorre todo o corpo da pessoa contaminada. Por norma surge na presença de um belo Homem, fora e dentro. O AMOR é utilizado não se sabe bem porquê, mas utiliza-se para fins diversos, tais como : beijar, cariciar, abraçar, sorrir, amar, conversar, confiar, respeitar, ouvir, olhar, procriar, e como forma de obter felicidade.

2. Antes de utilizar o AMOR
Antes da utilização do AMOR deve haver bases, como a amizade, a confiança e o respeito. Isto fará com que o AMOR possa actuar de melhor forma.

3. Como utilizar o AMOR
O AMOR é utilizado de forma diversa consoante o infectado. Há quem simplesmente o deixe actuar, havendo também quem decida por ele, pondo-lhe limites e travões. Evite pressões, trambolhões e inseguranças. Não se esqueça, se usar o AMOR sem o fim de procriar, utilize o AMOR de forma segura. 

4. Efeitos secundários possíveis
Após uma má utilização do AMOR, ou mesmo em ausência de resultados do mesmo, os efeitos poderão ser : gravidez, morte, tristeza, solidão, abandono, depressão, tendências suicidas, incompreensão, falta de contacto com a realidade, saudade, choro em abundância, vazio emocional e espiritual, carência afectiva, agressividade, desmotivação para com a rotina, a vida e o mundo, perda ou aumento de peso, perda ou ganho de apetite, etc.

5. Como conservar o AMOR
Para conservar o AMOR, dê muitos beijinhos durante o dia, essencialmente ao erguer e ao deitar, confie e converse. Deve ainda regá-lo com surpresas e declarações inesperadas, com palavras meigas e sorrisos, muitos! Poderá a tudo isto juntar uns pedacinhos mínimos de saudades, uns quantos momentos íntimos e entrega. Não se esqueça de aprender a ceder para que o AMOR possa durar mais. Deve acrescentar ainda toques pessoais à sua vontade, desde que ronde o carinho, o respeito e a cumplicidade.


Em caso de dúvida consulte o seu enfermeiro. Ups (já não tenho disso)! o seu farmacêutico (a)

Olhar ternurento engata milhões. Oh Yeah! como sou Machão.

Que masoquismo o meu, este de querer que permaneças. Eu sei bem porquê. Falavas, repetias, usavas tudo a teu favor e contagiavas-me com a nostalgia que querias pensasse que vivias. Mas não. Na realidade para ti era tudo tão belo. Não longe estavas de conseguir mais uma presa. Assim que viste uma oportunidade num momento, arrebataste-me, querendo parecer um leão feroz, mas na realidade não passavas de um cão esfomeado. Bem que ladravas para mim, e sendo honesta, não te culpo. O crime foi meu, por ter revelado que adorava um bom focinho de cachorro abandonado. Tu apenas o arremedaste.

PS Esqueci-te :)



As letras já são rotina. Sejam elas mendigas ou pomposas, são constantes. Ouvem-me gritar, chorar e ainda me consolam. São tão amigas. E foram elas que ao longo deste tempo me fizeram aliviar o desgosto, a desilusão que criei para comigo, por não ter antes aprendido a levantar-me sem mostrar a queda. Não soube, e elas foram-me ensinando. Talvez não tarde, porque mais duros trambolhões virão. O que dantes via nelas, hoje parte esmoreceu. Graças às letras, benditas sejam - nelas que um Post Sciptum tornara-se bem mais que isso, ganhara perninhas e mesmo mãos, com as quais segurava na tesoura com que teimava recortar-me o coração- se não resultava picava-o.
Hoje, graças às letras, um Post Scriptum é apenas algo da qual me esqueci *

Estas bolas são redondas, estas bolas são quadradas.

Tento ainda descobrir até que ponto algo que nos faz sofrer, pode ser tão bom em simultâneo. Não pelo facto de causar dor, mas porque possui em si uma face oposta que nos envolve inconscientemente. Por muita dor que cause, que me causes, penso ainda como delirava com aquele teu sorriso, como acalmava nos teus braços, como me sentia tão bem contigo. Contudo, algo me confunde ! Como conseguiste que me esquecesse do passado que tantas vezes tentei abortar, como sequer pude eu estar contigo e não pensar nele mesmo (?) Isso, era o que mais desejava na altura, esquecer, mas hoje, chegando a isto, questiono-me se não teria sido melhor ficar como estávamos. Talvez, quem sabe, tivesse mesmo que assim ser. Fui feliz - não aquela felicidade louca que se vive quando se está apaixonados, porque eu e tu, não o estávamos - mas  fazes-me hoje tanto mal. Ainda penso, como já dissera a alguém, que para se merecer melhor que tu, talvez se tivesse de merecer o mundo. Mas isso, digo-o eu, pelo que me deste a conhecer de ti - e que para alguns, tu não és assim - mas que pode ter perfeitamente sido tudo paleio de engate *

Mas sabes que mais ? O pranto da outra noite limpou de mim tanto, que de ti hoje só tenho é pena, pela bela amizade que desperdiçaste ;)

Diabos te levem.

Faz tanto tempo que não tinha um dia assim. Não me lembrava sequer de como era sentir-me de tal jeito. Desfeita, assombrada, ridiculamente perturbada e incapaz de me recompor. Há tanto que não me envolvia naquele pranto imenso sem conseguir  tomar controlo. Latejava-me a cabeça, tremia todo o corpo, as lágrimas corriam sem cessar, molhando a roupa que trazia e o lençol em que me enrolara. Passei  a noite inteira nesse transtorno psíquico. Não vi o sono aproximar-se, e até a este momento, as únicas vezes que as pálpebras fecharam foi para tentar sacudir as lágrimas que se colavam ás pestanas. Agora que acalmei, penso : como cheguei a este ponto, como sequer cá cheguei por tua causa, que visto o sucedido não mereces nada de mim, nem sorriso nem lágrima. Diabos te levem pelo mal que me estás a fazer ainda. Como me pude eu reduzir a isto, como sequer me apeguei a ti, pelo que és, não sei. Mas há-de terminar. Hei-de conseguir por travão a isto, seja sentimento ou carência, seja real ou pura parvoíce. Hei-de triunfar, sem ti, sem ninguém. Hei-de rir-me de ti e de tudo isto.

 - Hei-de, não hei-de ?

Profundamente sentidos.

Quero um daqueles. Um qualquer não serve. Tem de ser daqueles para me sentir feliz. Daqueles em que te apertam bem apertadinha, em que te põem a andar à roda se preciso. Quero um daqueles em que voas estando de pés no chão, daqueles em que sentes todo o carinho, sem precisares de acrescento de sons. Quero um daqueles que duram, longos e quentes. Daqueles em que sentes o odor da pele de quem te abraça, daqueles que te fazem querer não sair daqueles braços. Quero um daqueles que são sentidos, daqueles que não pedes, apenas vêm. Quero um daqueles de braços fortes. Quero um daqueles. Quero um dos teus.
Porque daqueles, tu dava-los bem; daqueles, os teus duravam e sentiam-se; daqueles, os teus eram perfeitos *

Que saudade tenho de ti, pelos maravilhosos abraços que davas *
[engraçado reparar as dimensões bombásticas que a saudade pode tomar]

I'm still where you left me.

Errei nas coordenadas. Não vi desvios tamanha era a ofuscação causada pela admiração que por ti tinha. Eras um doce amargo coberto por chocolat branco - desde sempre a minha perdição. Não quis recorrer ao GPS da vida, por teimosia, por achar que veria as placas que me encaminhariam ao amor, devido já a muito ter errado no caminho. Fantasias - não passou disso. Devido a isso, perdi-me, deixaste que assim fosse, até um empurrãzinho deves ter dado nas minhas costas fazendo-te na mesma passar por um santo protector - "é para teu bem, não te quero magoar" ainda disseste ! Balelas ! Tretas ! Merdas ! E então, hoje quero, preciso : de uma história louca, algo que me atravesse a alma, que me me liberte a mente. Preciso de sentir adrenalina a correr em mim, preciso de alguém que me leve a alma e o corpo em simultâneo ao estado de êxtase; que engraçado : quase devia dizer que preciso é de ti

Batimento Apocalíptico.


  Tum Tum,Tum Tum,Tum Tum.
Por muitas palavras que soassem à nossa volta, era a única coisa que eu captava. Era tão forte que não só o meu corpo sentia esse batimento apocalíptico quando se encostava ao teu, mas a minha cabeça ouvia-o, mesmo com o maior ruído de fundo. Sentia-o no peito, quando me arrimavas a ti, sentia-o nos teus braços quando com eles me cercavas, via-o nos teus olhos, inundados de brilho. O tremelique das tuas mãos, os gestos indecisos, as palavras receosas, tudo isto, visto e vivido, juntamente com esse batimento cardíaco que acelerava quando nos aproximávamos , levou-me durante tempo ainda indeterminado e infinito, a acreditar naquele tão frequente "Gosto de ti minha Mary". Tudo isso, visto e vivido, faz-me hoje ainda não acreditar que me deixaste.
- Diz-me: não voltas, pois não ? 

Naufrágio - a saga continua.

Naufraguei. A fúria do que me envolvia era imensa, entrava em mim, sufocava. No aquando do naufrágio, já havia um alguém, esperando resgatar-me e devolver-me a alegria perdida com o tempo. De inicio rejeitei. Sobrevivi meses a fio naquele mar gélido, sozinha,  naquelas ondas iradas. Até que um dia, de tanto ver aquela mão esticada, que por ser familiar já lhe nutria carinho, decidi arriscar e salvar-me, pois o navio em que eu vira, jamais voltaria. Aferrei aquela mão que há tanto manifestava querer-me, tomei-a como única salvação possivel, e assim que a alcancei, a alma tornou-se outra, a dor morrera. Estava sã e salva, aparentemente. A mão que me salvara permanecera comigo, durante bastante tempo ainda. Mas tal dia, sem que me lembre bem quando, onde ou porquê, largou-me num abismo, perto daquele do qual me salvara.
Cá voltei eu ao mesmo, enrolada nas ondas que me sufocam o ser, dentro de um gélido sentimento, mas desta vez, sem mãos à vista.

Escavações fatais.



Tenho um tesouro. Nasceu comigo sob forma de coração, esperando durante muito ser descoberto. Nas escavações do meu ser, feitas por estranhos, ele se revelou. E como tudo o que é proibido, atraiu. Não sei como, muito menos sei porquê - mas quiseram-no possuir, quiseram que eu pertencesse. Deixei-me ir, na ingénua esperança de que a realidade das palavras fosse aquela que me era mostrada. Acreditei, vivi, senti. Repetitivamente. Intensamente, como apenas sei fazer.
Mais uma, e outra, e outra ainda, perdi. Perdi o que quase - mas sem rancor - me obrigaram a construir. Carinho - essa enorme força que desde sempre me move.
A dor é imensa, a frustração quase de tal tamanho. O ódio por mim mesma contudo já não o sinto - sossega-me o pensar que para eles fui uma enorme dissipação.


Hei-de ser feliz, não com um príncipe, mas com um sapo *.*



Barbie e Ken.


- Hei-de ir ver o Toy Story 3.
- Então vou contigo, vamos juntos.
- O Ken vai conhecer a Barbie, até que enfim *.*
- O Pedro já conheceu a Mary :$

Ai que foda tão grande !

Metamorfose.



Lembro, aquela timidez que te envolvia, daquela saudade que possuías, longe de mim. Lembro a vontade de construir não-sei-quê-bem, mas que englobasse montões de felicidade. Montões dela queríamos nós. Sei, daquelas histórias que de lado nenhum me pertenciam, das justificações que de lado algum me devias, mas que dizias sentir ter de dar. Sei, do ciume ameno e saudável que falavas ter, quase pela primeira vez em tanto sol posto. Lembro, de ter sido por um dia a Tua Mulher, dito com um beijo final e um sorriso envergonhado. Mas isto tudo, foi ontem.

Hoje, as palavras sofreram uma metamorfose. Viraram pontos de interrogação numa sebenta que faz de vida, faz de minha. Eu, que te designava por transparente, e me deixei enganar tão bem. Eu, que acreditei já ter aprendido e me deixei ir nas tuas falinhas cozidas à lareira. Acreditei, senti, e como de costume, me desiludi.

Não percebo ainda, como mentiste tão bem, ou como mudaste de repente.
Não percebo, como me curaste daquele mal, para te tornares tu nesse mesmo.

Fado.



Possuo por dentro, uma mancha, pesada e negra. Entrou em mim faz muitos anos. Já enraizada está. Não sai, e teima em sobejar. Faz de mim alguém que se alimenta das pessoas como quem da droga sobrevive. Criei dependência não sei de quem, nem sei porquê. A solidão já é um estado impossível de suportar, o sentimento já move montes e reaviva marés. Sou de qualquer um, qualquer ser que me saiba levar, qualquer ser que me minta e me faça acreditar. Sou de tantos, sendo de ninguém. Passo por muitos, e no fim fico só. Sempre foi assim, sempre assim será. Já é fado o meu, que me sinta bem e tanto, a ponto de me largarem. Largam-me, como se a minha fidelidade não mais valesse que a de um cão. Ao desamparo fico, ao desamparo estou.
É já fado o meu, que não passe de ser a outra ou mesmo só mais uma.



Contigo, não foi diferente ...

Pretérito imperfeito.





Foram reacções agitadas causadas pela saudade de alguém, actos que matavam a necessidade de outrem. Eram encontros em segredo atrás do Hospital, eram passeios num jardim por mim desconhecido. Eram telefonemas alternados, despedidas nocturnas falsamente ternurentas. Eram termos carinhosos, ideias vagas de um futuro. Eram perguntas e promessas.
No fim, uma exigência ficou. Pediste-ma, e não recusei. Difícil seria para mim apesar de tudo, afastar-me, prometi-te então manter a amizade que possuíamos há tanto.
No fim, abandonaste o que pediste e deixaste-me à margem.
No fim, como já é habito, sou a única personagem restante.


Nada mais queria se não o que sempre tivemos.

Reflexos passados.


"Eu desde o inicio sentia um fascínio por ti" -  qué dele agora ? - "como eu passava por uma fase de transição de amor/ódio, vi-te como um reflexo, alguém que me podia fazer bem, e não como outra rapariga fútil" - ai é ? então espera, negas que viria a ser só mais uma ? - "magoava-me estar sempre a não ter tempo para ti, em grande parte era o meu eu, a fugir de possíveis sentimentos, sim meu bem, não és só tu que tens medo, eu tenho muitos que me tiram o sono varias noites" - peso na consciência era o que devias ter agora, quanto ao sono, bem que precisas dos teus amigos comprimidos - "Eu queria mudar, fazer minimamente parte da tua vida, ser alguém constante no teu dia a dia, nem que fosse com uma mensagem de bom dia e outra de boa noite, queria-te mostrar que não me és indiferente" - fodasse, como o consegues bem agora, estás presente e falas tanto -.-'  - "Quando ia no vouguinha para espinho o meu coração parecia que ia sair pela boca, estava tão ansioso como com medo que não fosses gostar de mim, juro-te que parecia que nunca tinha estado com uma rapariga antes" - ai, que bonito já viste? engatas mesmo bem com este paleio - "só me apetecia sorrir, pois era a única maneira sincera de te mostrar que finalmente encontrava alguém que tocasse nos pontos chave." - deves ter mudado de fechadura e não avisaste, porque já não sei nada de ti - "Se és o caminho para a minha felicidade por ti lutarei, se és a rapariga que em mim despoleta sorrisos sinceros por ti apanharei os vouguinhas que for preciso para estar contigo, se és aquela que me faz sonhar num futuro em que não estou sozinho, direi sempre, Marilena gosto de ti." - e não foram poucas as vezes que o disseste, mas garanto que chegado a este ponto, mais valia teres estado calado!

Morte à ingénua sedução.



Irónico, como tenho de saber por terceiros o que devia ser dito na primeira pessoa. Mais ainda o é, ser dito por quem de quase nos escondíamos, com se de segredo ou delito se tratasse. Afinal, não passou de vergonha, não passou de mero interesse pessoal com o objectivo de não teres que acrescentar mais uma á lista das tuas conquistas, por nunca ter sido assumida, ninguém podendo assim desmentir.
E quando penso nisto, sinto-me tão ridícula por ter caído nessas doces palavras, mais uma vez, ocas.

Chega de cabeçadas na parede. Chega de sentimentos.
Chega o verão e com ele, refrescarei a alma esperando de me tornar gélida.
É nisto que me quiseram fazer tornar.