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Burra. Asna!

Burra. Burra. BURRA. Era desta - parecia-me a mim. Tinha tudo para ser desta! Depois de já duas tentativas, fracassadas não se sabe porquê, eis que a terceira parecia começar a dar frutos. Mas deu onde frutos? Na minha cabeça e no caralho. É.
Talvez a culpa seja das redes sociais - acho que devem ser o devil da era moderna - que me abririam os olhos para aquilo que pode ser um jogo duplo. Ou triplo. Ou até ao infinito e mais além, olé!
E a maristúpida passou a noite gelada de olhos esbugalhados, a chorar e a perguntar «porquê». Porquê? Porque és burra! Não sabes já que não se confia nas pessoas, nem que te ofereçam este mundo e o outro? Burra!

Not this way !

Ainda não entendo. Não era suposto ter acontecido deste modo. Não foi desta forma que planeei. Poderia ter dado tudo certo. Mas não deu, e cá ando eu num pranto enorme e  tridimensional, que quase se assemelha ao que tinha no passado por esta altura. Os motivos não se cruzam, mas a dor - que em ambos os casos pode ser considerada rejeição - permanece intensa do mesmo modo. Não é isto que quero, não o é de todo. Foi-me negado um sonho, dos maiores, talvez por demasiado entusiasmo, talvez por ter planeado demais. Só isto pedia. Eu lá em cima, onde queria e no que queria. Não podia ter corrido deste jeito, de todo, não podia. Ontem fui onde me mandaram. O nó no estômago e o outro na garganta, fizeram-me visita depois de há tanto terem desaparecido. Não respirava,não ouvia, não falava quase. Senti-me perdida, tanto mais do que quando tive de mudar de país ! Não quero isto, juro que não quero !
Talvez dia 29 a minha sorte mude, talvez dia 29 o sorriso volte ao meu rosto. Talvez, até fique tudo como está...