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Guess who's back (?)

Achava eu na minha pura ingenuidade que à medida que se amadurece, as dúvidas e os medos se perdiam pelo caminho. Assim, como roupa despida ao longo de um corredor a caminho de uma cama. Achava. Mas aqui não há roupa e muito menos há cama. Existe apenas um longo e largo corredor, o da morgue onde venho de volta e meia deixar o coração. E ele fica, é bem mandado.
Quantas vezes este pobre já morreu, e quantas vezes o desgraçado há-de morrer ainda. Mas que é feito da minha capacidade de me saber atirar de cabeça, sem pensamentos paralelos e mesmo assim conseguir ser feliz? Digam-me, o que é feito? Devia pôr um panfleto, daqueles bonitinhos com fotografia a dizer "procura-se". Duvido contudo que adiantasse. Olhos, coração, mente, tudo me atraiçoa. Os olhos, porque não me permitem ver-me onde quero ir; o coração porque se afeiçoou de novo, e sem meu consentimento, mais uma vez; a mente porque gosta de me intimidar com imagens de um passado do qual não me consigo despegar. E assim, sendo três contra um, agarro-me à única coisa que me pode ajudar: o Tempo. E mesmo esse, alia-se a mim por pouco tempo. Não tenho tempo nem paciência. Apenas medo e tantas decisões por tomar.

" quem mais te dá na vida é a própria vida; podes ler, ouvir dizer mas tem coisas que só ela ensina "

Desisti. De tudo, talvez de nada. Desisti daquilo pela qual esperei todo o tempo, perdi a ultima oportunidade de ir onde quero, onde devo, onde sempre quis. Não pelos motivos de que mais me orgulhe, é certo, mas foi assim, senti que teve de ser. Para quem não entende, anulei a segunda fase. anulei por me ter afeiçoado a pessoas que mal conheço, pessoas que não tarda se irºão revelar uma merda, uma nulidade, e eu cá estarei - para mais uma vez na vida - me limitar a sofrer, a arrepender de tomar decisões sem fundo de contextualização. Sempre fui assim, quem conhece sabe, mas isto, passou dos limites. Sei - sinto, antes de mais nada - que não foi a decisão correcta, não pelas pessoas, mas não o foi por mim. Deixei tudo, desisti, por causa desta gente, esta gente que cá tem esrado, no bem e no mal, há apenas duas semanas.
Desisti, como cobarde que sempre fui.
Desisti, por motivos que nunca me hei-de bem saber explicar.

Espero que todos os que se candidataram a segunda fase, possam ter entrado e conseguido o seu sonho *

Saudade.

Conheci-te por motivos tão estúpidos como uma viajem de estudo,  uma paixoneta rabugenta e forçada por um garoto que não passava do metro e meio de altura. Talvez não fora amor à primeira vista, até porque negaras vezes sem conta a queda que vi no quarto de hotel. Mas fui convivendo, fui aprendendo a conhecer e por sua vez a gostar. Fui sentindo, integrando-me em ti. Foste fazendo parte e agarrei-te por já não poderes sair. Sair deste meu pequeno e sensível coração. Não podias em determinada altura, ser só considerada de amiga. Îsso já era tão pouco. Sempre estiveste, ouvias e abraçavas, por dizeres que nunca foste boa conselheira. Mas isso chegava, o teu olhar demonstrava o carinho que precisava em momentos do género. E agora ? Onde estás tu ? Onde estás tu para me abraçar neste momento de tormenta ? Eu digo-te. Estás longe, tanto. Estás lá onde eu queria estar, contigo. Estás onde planeamos nos últimos 3 meses. Estás só tu. Levada pelo destino, da mesma forma que aos poucos me foram levados outros. Estás aí, espero que aguardes por mim, porque esta força que trago no coração, reza para que me leve a ti, A ti, minha irmã (L)

Not this way !

Ainda não entendo. Não era suposto ter acontecido deste modo. Não foi desta forma que planeei. Poderia ter dado tudo certo. Mas não deu, e cá ando eu num pranto enorme e  tridimensional, que quase se assemelha ao que tinha no passado por esta altura. Os motivos não se cruzam, mas a dor - que em ambos os casos pode ser considerada rejeição - permanece intensa do mesmo modo. Não é isto que quero, não o é de todo. Foi-me negado um sonho, dos maiores, talvez por demasiado entusiasmo, talvez por ter planeado demais. Só isto pedia. Eu lá em cima, onde queria e no que queria. Não podia ter corrido deste jeito, de todo, não podia. Ontem fui onde me mandaram. O nó no estômago e o outro na garganta, fizeram-me visita depois de há tanto terem desaparecido. Não respirava,não ouvia, não falava quase. Senti-me perdida, tanto mais do que quando tive de mudar de país ! Não quero isto, juro que não quero !
Talvez dia 29 a minha sorte mude, talvez dia 29 o sorriso volte ao meu rosto. Talvez, até fique tudo como está...

Olhá bóla de Berliiim !

E cá não me importo. Pensado já está ! Só me faltam cúmplice e adeptos! Hei-de fazer as comprinhas às velhinhas: massa, arroz, pevide para a bela da sopa, legumes e fruta que rejuvenescem a alma - já que o corpo não passa de rugoso. "Aqui está minha senhora". E lá vai ela de pé pequeno e de marcha lenta, buscar a gorjeta para me dar de boa vontade - e porque assim acordámos, diga-se. "Que riqueza de menina" há-de pensar. Não que não o seja, mas há que progredir mais dentro do termo. Mas as compras não roubam muito tempo, e fazem-se a qualquer hora vaga que se tenha. E como não preenchem o vazio completo das horas livres , hei-de também buscar meninos à escola. E tomar conta deles e de irmãozinhos mais pequenos, até os papás chegarem a casa do trabalho que lhes consome toda a semana. Alguns fins de semana - se gostar do fedelhos - também lhes dedicarei algum tempo. Mas se uma velha morrer e não houver mais compras a fazer, ou se um fedelho rabugento imigrar ou emigrar, eis que surge uma nova dedicação ! E como fotógrafos hoje saem caros, lá vou eu, de machine na mão, fotografar aniversários de gente feliz - e que ganha bem. Cafés e pastelarias também são opções, lamber selos e envelopes também não se põe de parte. Todos os trocos são bem-vindos. Até se aceita caridade. Tudo, entra em vigor em Outubro - Sim, sim, estou mesmo para ver!

Acredito que muitos não percebam nada do conteúdo e do seu nexo.