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Heart memories's box.
Como ele acelera. Bate, bate e não para. Roda e se torce, e se preciso se cose. Pula e chora. Tem sentido duplo das coisas. Cuida dele. É robusto. Faz de tudo para cuidar de mim, mesmo quando eu sempre cuidei tão pouco dele. Usei-o com qualquer indivíduo, dei-o de boa fé a tantos seres, fi-lo sofrer, rasguei-o. Cheguei mesmo a matá-lo. E ele está lá. Danificado, mas ainda bate. Fá-lo por mim. Por mim ele bate e tenta recompor-se. Fá-lo, porque tal como eu te espera, vos sente. Te espera, ó tu do futuro. Vos sente, ó vós do passado. Ele, que mesmo quando de cerebelo eu já não funcionar bem, há-de despontar em mim o vício. Há-de desencadear as recordações de sempre. Poderei já não vê-las. Os olhos estarão gastos e podres, cansados da rotina que me desgastou. Mas com ele, hei-de senti-las. Às emoções e às memórias. Elas que desde sempre me possuíram e moldaram. No bem e no mal. Tanto me são, que sei, que mesmo após a perda de qualquer sentido, com ele hei-de sentir. Com ele, meu coração.
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Naufrágio - a saga continua.
Naufraguei. A fúria do que me envolvia era imensa, entrava em mim, sufocava. No aquando do naufrágio, já havia um alguém, esperando resgatar-me e devolver-me a alegria perdida com o tempo. De inicio rejeitei. Sobrevivi meses a fio naquele mar gélido, sozinha, naquelas ondas iradas. Até que um dia, de tanto ver aquela mão esticada, que por ser familiar já lhe nutria carinho, decidi arriscar e salvar-me, pois o navio em que eu vira, jamais voltaria. Aferrei aquela mão que há tanto manifestava querer-me, tomei-a como única salvação possivel, e assim que a alcancei, a alma tornou-se outra, a dor morrera. Estava sã e salva, aparentemente. A mão que me salvara permanecera comigo, durante bastante tempo ainda. Mas tal dia, sem que me lembre bem quando, onde ou porquê, largou-me num abismo, perto daquele do qual me salvara.
Cá voltei eu ao mesmo, enrolada nas ondas que me sufocam o ser, dentro de um gélido sentimento, mas desta vez, sem mãos à vista.
Cá voltei eu ao mesmo, enrolada nas ondas que me sufocam o ser, dentro de um gélido sentimento, mas desta vez, sem mãos à vista.
Metamorfose.
Lembro, aquela timidez que te envolvia, daquela saudade que possuías, longe de mim. Lembro a vontade de construir não-sei-quê-bem, mas que englobasse montões de felicidade. Montões dela queríamos nós. Sei, daquelas histórias que de lado nenhum me pertenciam, das justificações que de lado algum me devias, mas que dizias sentir ter de dar. Sei, do ciume ameno e saudável que falavas ter, quase pela primeira vez em tanto sol posto. Lembro, de ter sido por um dia a Tua Mulher, dito com um beijo final e um sorriso envergonhado. Mas isto tudo, foi ontem.
Hoje, as palavras sofreram uma metamorfose. Viraram pontos de interrogação numa sebenta que faz de vida, faz de minha. Eu, que te designava por transparente, e me deixei enganar tão bem. Eu, que acreditei já ter aprendido e me deixei ir nas tuas falinhas cozidas à lareira. Acreditei, senti, e como de costume, me desiludi.
Não percebo ainda, como mentiste tão bem, ou como mudaste de repente.
Não percebo, como me curaste daquele mal, para te tornares tu nesse mesmo.
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