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Ai se ele cai - vai-se partir *

E faz quase duas semanas, que a minha boca prejudicou toda a minha vida. Faz duas semanas que deixei de te sentir, de te ver, de te poder olhar nos olhos e dizer que te amo. Faz duas semanas que o mundo caiu sobre mim.
E hoje, quando olho para tudo, para os medos e para as inseguranças, para as tristezas e para cada lágrima que desejei verter, e lembro que tudo isto era minimizado por ti, só posso agradecer.
Quem me conhece, sabe que quando deprimo é por motivos que me são tão chegados ao coração, e que tão cedo podem partir. Partem se lhes dás ajuda, partem quando amas este coração. Sozinha, pouco longe posso ir. Sozinha, nunca voei alto. É por isso que continuo dizendo que só contigo sou alguém, só contigo sou feliz. Estás comigo, mesmo quando estás ausente. Minimizas os meus medos, as minhas angustias. Ouves-me mesmo quando não me entendes, e quando assim é esforças-te para compreender. Contigo voei alto, tirei os pés do chão e toquei as nuvens, aquelas bonitas lá bem alto. De repente, sem tempo de aquisição de para-quedas, ouviu-se um estrondo.
Cai por terra. Desfeita de corpo e alma tentei erguer-me. Ainda ali estou.  Estendida no chão de coração na mão. O sangue não o vês, já secou dentro das veias e se vaporizou. Os olhos, ainda brilham como quando te olhava cheia de amor. O sorriso, está lá escondido no coração, aquele que está suspenso quase a cair ao chão. O amor parece agora tão longe, a dor tão perto. A queda foi desastrosa, não sei para quantos dos passageiros que este amor transportava. Não sei, o brilho de amor destes meus olhos ainda não me deixou perceber metade do acidente, este meu coração, ainda bate, mesmo separado do corpo. Esta minha alma, vagueia, perto de ti, com a vontade de te proteger e guardar. Mas sem corpo, a alma nada faz, nada pode. Sem ti, a alma não volta, o coração cairá, e o meu corpo, permanecerá naquela estrada para o resto dos tempos. Sem ti, nada posso, nada quero, nada consigo, nada sou.
I'm waiting *

PS Esqueci-te :)



As letras já são rotina. Sejam elas mendigas ou pomposas, são constantes. Ouvem-me gritar, chorar e ainda me consolam. São tão amigas. E foram elas que ao longo deste tempo me fizeram aliviar o desgosto, a desilusão que criei para comigo, por não ter antes aprendido a levantar-me sem mostrar a queda. Não soube, e elas foram-me ensinando. Talvez não tarde, porque mais duros trambolhões virão. O que dantes via nelas, hoje parte esmoreceu. Graças às letras, benditas sejam - nelas que um Post Sciptum tornara-se bem mais que isso, ganhara perninhas e mesmo mãos, com as quais segurava na tesoura com que teimava recortar-me o coração- se não resultava picava-o.
Hoje, graças às letras, um Post Scriptum é apenas algo da qual me esqueci *