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Pode beijar a noiva!


casou. casou mesmo. aquele que um dia me disse que eu era o grande amor dele. aquele que ainda hoje, depois de todo o tempo, me diz que continuo a ser a mulher da vida dele. no entanto, ele casou. casou com uma moça que deve ser menos amiga da balança do que eu, mas casou. daqueles casamentos a sério, com vestido de noiva, boda e quarto de hotel. pela igreja! e eu sou o amor da vida dele. era, sou, serei - dizia ele.

eu gostei dele. gostei muito. éramos os melhores amigos, lembro-me disso! mas não dava para mais. não dava para eu me relacionar com ele como ele queria. e quando o deixei partir, tive medo. medo. hoje confesso ao mundo que fui egoísta. por uma vez na vida, naquele tempo, gostei que alguém gostasse de mim. gostei que ele gostasse de mim. queria a toda a força que assim continuasse a ser. e parece que consegui. ele hoje ainda me ama, mesmo que às noites esteja com outra. não era isto que lhe desejava. mas eu tinha medo. medo que em toda a minha vida, nunca mais ninguém me amasse como ele amou, como ele ama.

Amar (gura) .


E como é estranho ver o que fomos e ver o que somos.
No inicio fugi. Fugi de ti e de mim. Tentei correr para longe do medo de sentir, de me envolver. Corri para longe da dor que já há muito me perseguia e que não queria que voltasse.
Olho para trás, para este que - infelizmente - foi pouco tempo e vejo tudo, cada pormenor. 
Recordo aquela noite, em que em grupo se passeou por estas bandas. Curiosamente a noite do primeiro beijo, aquele que surgiu de uma forma inesperada após um amuo discreto. Essa noite, estavas mal, devido a factores que não menciono por não acrescentarem nenhuma informação importante. Estavas comigo, de mão dada a passear por aquelas ruas, naquela noite ainda não tão gélida como as de hoje. As de hoje, em que já não te tenho. Lembro-me das conversas esclarecedoras, quando naquele Domingo, deitado tu na minha cama, e eu aconchegada no teu peito, se falou de nós como ainda individuais. Lembro-me de me falares de ti, dos teus medos, dos teus acontecimentos passados.
Recordo com a maior alegria, quando me dizias amo-te com todo o coração, e quando me enroscava no teu peito e no teu ombro devido à timidez que me envolvia. Lembro quando me dizias que eras diferente, e pedias que confiasse em ti, que tentássemos. Lembro quando afirmavas que me ias fazer feliz, e eu em ti - sem arrependimentos- confiei. Lembro-me de quando, naquela noite me pediste em namoro. Lembro de quando consegui finalmente dizer que te amava. Lembro-me de quando me quiseste levar a casa de fim de semana, lembro quando me falaste em ir passar a passagem de ano contigo, de quando sugeriste vivermos juntos. Lembro-me de me teres posto em primeiro lugar em situações que nunca esperei. Lembro-me de te ter magoado, de ter pedido perdão; lembro-me de sofrer. Lembro-me de esperar por ti, de te amar eternamente mesmo podendo parecer conversa da treta.
Sei, que apesar de tudo, hei-de ter confiança em ti, sempre. Sei que hei-de esperar por ti até ao último fôlego. Sei que te hei-de amar mais do que tudo na vida, para todo o sempre.
Gostava de em breve te ter comigo, gostava, de em breve poder mostrar-te que as coisas podem ser melhores, que sou capaz disso. Gostava de te poder mostrar que somos tanto, que podemos ir longe. Gostava de te conseguir dar a entender que és o Homem da Minha Vida. Gostava que soubesses que és o melhor que tenho e alguma vez tive ou alguma vez terei. Gostava que soubesses que tenho o maior orgulho em estar ao teu lado, tenho o maior orgulho em ti. Gostava que soubesses que és mais do que aquilo que pensas, vales tanto mais do que possas pensar. Quero que saibas que dava tudo para ser a mulher da tua vida; para passar contigo cada instante, para crescer e amadurecer a teu lado. Quero que saibas que sem ti, aqui, nada faz sentido algum, sem ti torno-me um eco amargo num corpo cheio de dor. 
Não quero perder-te, não quero aprender a ser eu sem ti. Não quero imaginar-me sem ti. Amo-te, tanto mais do que a própria palavra significa. Amo-te, tanto mais do que alguma vez se tenha visto no mundo.
Não quero passar mais noites assim, gelada numa cama. Não quero mais dias assim, amargurados de dor e arrependimento. Não aguento estar assim, lutar sem sucesso, esperar sem obter resposta.
Adorava fazer algo para te mostrar o quanto me és, mas como sei se valerá de algo?!
Garanto que dói, mas eu espero-te ! Espero o tempo que for preciso.  Estarei aqui, aguardando a tua chegada.
Amo-te, é tudo o que posso dizer para além de um perdoa-me!   
Que amargura esta! Amar dói, mas se é para o amor voltar, aguentar é um sacrifício mais que justificável *



A distância tem-me assombrado novamente, mas desta vez com outro intuito. Hoje veio para relembrar, para que dê valor aos meus e aos que por mim passaram. Impossível seria esquecer-me de certos. Ainda hoje me lembro de ti. Recordo aquele nós, aquele que sempre me há-de ficar no coração. Lembro-me dos passeios, dos gestos e das palavras. Lembro-me das noites, dos sorrisos quando dizias que me amavas. A juntar a tudo ficou o orgulho, de teres sido meu, de ter sido tua. A alegria de ter partilhado e aprendido contigo, de ter crescido no bem e no mal. Completavas-me de forma insaciável, tanto que nunca esteve nos meus planos largar-te. Mas por vezes mudam-nos o rumo, e remar com vento contrario torna-se insuportável. Mas de ti, e daquele nós, guardei o melhor. As gargalhadas pelas coisas absurdas que muitas vezes dizia, os acontecimentos engraçados que nos envolviam, as lágrimas derramadas por amor e por saudade, o beijo final. Guardo-te cima de tudo a ti, mais que às memórias. Porque elas podem um dia distorcer-se, mas tu continuarás como hoje, comigo !
O que sou hoje, foi devido a ti.

Heart memories's box.

Como ele acelera. Bate, bate e não para. Roda e se torce, e se preciso se cose. Pula e chora. Tem sentido duplo das coisas. Cuida dele. É robusto. Faz de tudo para cuidar de mim, mesmo quando eu sempre cuidei tão pouco dele. Usei-o com qualquer indivíduo, dei-o de boa fé a tantos seres, fi-lo sofrer, rasguei-o. Cheguei mesmo a matá-lo. E ele está lá. Danificado, mas ainda bate. Fá-lo por mim. Por mim ele bate e tenta recompor-se. Fá-lo, porque tal como eu te espera, vos sente. Te espera, ó tu do futuro. Vos sente, ó vós do passado. Ele, que mesmo quando de cerebelo eu já não funcionar bem, há-de despontar em mim o vício. Há-de desencadear as recordações de sempre. Poderei já não vê-las. Os olhos estarão gastos e podres, cansados da rotina que me desgastou. Mas com ele, hei-de senti-las. Às emoções e às memórias. Elas que desde sempre me possuíram e moldaram. No bem e no mal. Tanto me são, que sei, que mesmo após  a perda de qualquer sentido, com ele hei-de sentir. Com ele, meu coração.

Distancialmente saudável.


Já não somos em conjunto o que fomos naquele tempo que deixámos obrigatoriamente, mas mesmo sem querer, para trás. Somos, de tão perto que estamos, insuportáveis. Já não existem abraços, os sorrisos quase são forçados para que se entenda que há sentimento. O sangue que nos corre nas veias, que nos define e vinca com firmeza a nossa origem comum, é quase a única razão pelo que ainda tentamos. Tentamos que algo nos faça rir, tentamos com que haja confiança em tudo, quando nem sequer existe paciência para ouvir. Eu ouço, sempre o fiz, mas quando chega a minha hora de falar, o sono arrebata contigo de tão noite que se fez. Já não há motivos, por muito que o carinho seja imenso. Já não há vontade, de tanto que já se perdeu.

Se perguntares se gosto de ti ? Gosto, mas quanto mais longe mais te sinto perto. Já não precisas de vir. Deste jeito as coisas correm melhor. Façamos as malas e partamos, mas cada uma com seu destino.

Tardes assim.

São dias assim que recordava. Era de dias assim - ou momentos - que tinha já me enchido de saudade. Dias em que se ri e se chora de tanto se rir. Ri-se sem motivo. Da desgraça dos outros. Ri-se porque um saco fura e porque outro tem um caso. Ri-se porque se sonha com algo que não faz sentido mas nos envolve. Ri-se porque as frases que saem boca fora não pedem licença e entram a matar. Sim, a matar. Matam a tonta sensatez com que por norma se fala. Eram de momentos assim que esperava regresso. Momentos em que se fala sem nunca cansar, seja do mesmo ou do novo. Conspira-se a vida dos outros, eleva-se o nosso mesmo ego, espreita-se o futuro e enxotam-se os que não nos percebem nem nos querem. Relembra-se um passado, partilha-se o mesmo por não ter sido vivido em conjunto. Sorri-se, comem-se gargalhadas por entre chá, madalenas e pãozinhos que sabem a chocolate mas que nem sequer o têm. Eram tardes assim, na tua casa ou na minha Na da tia também dava. O importante é que sejas tu e eu. O importante, é que ainda sejamos nós, passado tudo e passado todos.
Afinal de contas, não foi sempre isso que apenas importou? 

Olhar ternurento engata milhões. Oh Yeah! como sou Machão.

Que masoquismo o meu, este de querer que permaneças. Eu sei bem porquê. Falavas, repetias, usavas tudo a teu favor e contagiavas-me com a nostalgia que querias pensasse que vivias. Mas não. Na realidade para ti era tudo tão belo. Não longe estavas de conseguir mais uma presa. Assim que viste uma oportunidade num momento, arrebataste-me, querendo parecer um leão feroz, mas na realidade não passavas de um cão esfomeado. Bem que ladravas para mim, e sendo honesta, não te culpo. O crime foi meu, por ter revelado que adorava um bom focinho de cachorro abandonado. Tu apenas o arremedaste.

Estas bolas são redondas, estas bolas são quadradas.

Tento ainda descobrir até que ponto algo que nos faz sofrer, pode ser tão bom em simultâneo. Não pelo facto de causar dor, mas porque possui em si uma face oposta que nos envolve inconscientemente. Por muita dor que cause, que me causes, penso ainda como delirava com aquele teu sorriso, como acalmava nos teus braços, como me sentia tão bem contigo. Contudo, algo me confunde ! Como conseguiste que me esquecesse do passado que tantas vezes tentei abortar, como sequer pude eu estar contigo e não pensar nele mesmo (?) Isso, era o que mais desejava na altura, esquecer, mas hoje, chegando a isto, questiono-me se não teria sido melhor ficar como estávamos. Talvez, quem sabe, tivesse mesmo que assim ser. Fui feliz - não aquela felicidade louca que se vive quando se está apaixonados, porque eu e tu, não o estávamos - mas  fazes-me hoje tanto mal. Ainda penso, como já dissera a alguém, que para se merecer melhor que tu, talvez se tivesse de merecer o mundo. Mas isso, digo-o eu, pelo que me deste a conhecer de ti - e que para alguns, tu não és assim - mas que pode ter perfeitamente sido tudo paleio de engate *

Mas sabes que mais ? O pranto da outra noite limpou de mim tanto, que de ti hoje só tenho é pena, pela bela amizade que desperdiçaste ;)

Diabos te levem.

Faz tanto tempo que não tinha um dia assim. Não me lembrava sequer de como era sentir-me de tal jeito. Desfeita, assombrada, ridiculamente perturbada e incapaz de me recompor. Há tanto que não me envolvia naquele pranto imenso sem conseguir  tomar controlo. Latejava-me a cabeça, tremia todo o corpo, as lágrimas corriam sem cessar, molhando a roupa que trazia e o lençol em que me enrolara. Passei  a noite inteira nesse transtorno psíquico. Não vi o sono aproximar-se, e até a este momento, as únicas vezes que as pálpebras fecharam foi para tentar sacudir as lágrimas que se colavam ás pestanas. Agora que acalmei, penso : como cheguei a este ponto, como sequer cá cheguei por tua causa, que visto o sucedido não mereces nada de mim, nem sorriso nem lágrima. Diabos te levem pelo mal que me estás a fazer ainda. Como me pude eu reduzir a isto, como sequer me apeguei a ti, pelo que és, não sei. Mas há-de terminar. Hei-de conseguir por travão a isto, seja sentimento ou carência, seja real ou pura parvoíce. Hei-de triunfar, sem ti, sem ninguém. Hei-de rir-me de ti e de tudo isto.

 - Hei-de, não hei-de ?

Batimento Apocalíptico.


  Tum Tum,Tum Tum,Tum Tum.
Por muitas palavras que soassem à nossa volta, era a única coisa que eu captava. Era tão forte que não só o meu corpo sentia esse batimento apocalíptico quando se encostava ao teu, mas a minha cabeça ouvia-o, mesmo com o maior ruído de fundo. Sentia-o no peito, quando me arrimavas a ti, sentia-o nos teus braços quando com eles me cercavas, via-o nos teus olhos, inundados de brilho. O tremelique das tuas mãos, os gestos indecisos, as palavras receosas, tudo isto, visto e vivido, juntamente com esse batimento cardíaco que acelerava quando nos aproximávamos , levou-me durante tempo ainda indeterminado e infinito, a acreditar naquele tão frequente "Gosto de ti minha Mary". Tudo isso, visto e vivido, faz-me hoje ainda não acreditar que me deixaste.
- Diz-me: não voltas, pois não ?