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Estendo passadeira vermelha se não te demorares*


Podes vir até mim. Eu deixo. Livro-me de cada trapo que trago e sou tua. Desfaço-me de cada sombria sombra que se meta no caminho para te deixar entrar em passadeira vermelha. Arregaço cada sentimento que move a tua mente e faz vibrar o teu coração. Espero sejam tão supremas sensações como as vejo. Espero por um olhar que me percorra a alma e arrepie o corpo. Prescindo de palavras, com a condição de que me faças sentir. Vem e senta-te, olha para mim. Vês do que falava eu? Sentes no peito o ferver louco que te descrevia? É isso que quero seja nosso, partilhado. Podes vir, e chamar-me de Tua. Mais uma vez, to permito. Vem até mim, nunca me largues. Deixa que te sinta, que te olhe e sorria. Deixa que ame cada gesto, cada dia, cada momento. Vem, e presencia cada instante. Vem, sintamos e amemos.
Vem, venhas tu de onde vieres.
Vem, sejas quem fores. Mas vem, Homem da Minha Vida !
Vem, mas rápido, que eu espero só até às primeiras pingas de chuva que caírem no inverno *

Ninguém me manda ver vampiros enamorados.

"Ninguém chora com filmes desses!" - Ora, eu choro! Vi três capítulos de uma saga, e de repente dou por mim novamente no mundo que sempre fantasiei. Nunca deixei de lado esses sonhos, talvez nem nunca o venha a fazer. É tão bom pensar que comigo será assim. Poderia vir a ser. Não aquele amor que vem desde os tempos de escola, infelizmente. Para isso já cheguei tarde. Nem quero me suguem o sangue do pescoço, é claro. Mas como na película, quero um homem que me entenda, que por mim não tenha medo de lutar, que antes de pensar nele, pense em mim. Quero um homem, que perante o medo de perder a criatura que sou, me peça em casamento, que persista e  não ceda a um possível "não". Quero um homem, que me leve onde quiser, e que ao mesmo tempo não seja necessário sair do sítio para que o mundo saiba que nos amamos. Quero um homem, não que dependa de mim, mas que não viva sem mim. Quero um homem, meigo, querido e sensato. Quero um homem que me olhe, não como quem deseja tocar, mas como quem tem orgulho e admira. Quero um homem, que tudo o que faça, tudo o que pense, no início, no meio ou no fim, o leve até mim. Quero um homem, cuja única razão de viver seja a minha existência. Quero um homem, que trate de mim, que assuma cada sentimento, sem medo de nada nem de ninguém. Quero um homem, que me proteja e me aconchegue. Quero um homem com a qual possa estar abraçada horas a fio, sem trocar uma única palavra nem um único beijo, e sentir de igual jeito que me ama. Quero um homem que leia os meus pensamentos, que atenda cada meu pedido, mas não como escravo: como apaixonado. Quero um homem, que não imagine a sua vida sem mim, um homem que me deseje e me ame, cada dia sem cansar. Quero um homem, que me respeite e me compreenda. Quero um homem que me faça feliz, que nunca me deixe mesmo estando ausente. Quero um homem que não suporte o ser olhada por outros, mas que tenha orgulho por só ele me ter. Quero um homem em que cada dia seja diferente e único. Quero um homem, que mesmo sabendo que possa ser impossível, arrisque e fique comigo. Quero um homem, venha ele de onde vier.
Quero um homem, quero um amor real *

Montes de pedra de merda.

Nunca cheguei ao fim. Falo no geral. Seja o que for, nunca concretizei o que desejava. Ou chego apenas a meio, ou nem sequer lhe dou início. Foi sempre assim, e se alguma vez não o foi, de momento não me ocorre! Construí sonhos, todos amontoados. Talvez por achar que assim teria direito a mais. Mas de nada adiantou. Percebia que eram demasiado pesados, então largava-os no mar e deixava que a água os levasse. Outros, antes mesmo de os começar, largava-os ao sabor do vento, evitando idas e voltas ao mundo do fracasso. Tantos que tive, quase tantos mais os que larguei. Muitos, ainda bateram à porta insistentemente mais tarde, mas por poucos permaneceram dentro. Nunca me dei ao trabalho, por achar que era tarefa minuciosa demais para mim ou até mesmo por não ter certezas. Quando neles me metia de mente e alma, tudo ruía, mesmo em cima do corpo. Os sonhos, os desejos, são castelos em montes de pedra, elas rugem e tu cais. No amor, a merda é a mesma. Sorris no topo, mas na realidade voas sozinhas. Quando o notas, bates com o fucinho no chão.

De ora em diante, sonhos, só mesmo os necessários. Daqueles que não fazem nós na barriga, apertos no coração, nem fazem mal à alma*